quarta-feira, 11 de março de 2009

Clarice Lispector

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
Sou como você me vê.Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,Depende de quando e como você me vê passar.
E se me achar esquisita,respeite também.até eu fui obrigada a me respeitar.
Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre
Gosto dos venenos os mais lentos! As bebidas as mais fortes!Dos cafes mais amargos!E os delirios mais loucos.Voce pode ate me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:E daí eu adoro voar!!!
...Que minha solidão me sirva de companhia.que eu tenha a coragem de me enfrentar.Que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
(Clarice Lispector)

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